Mitos e verdades sobre mães que dividem a cama com o bebê

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Cama compartilhada ainda é um tema polêmico para pais, pediatras e sociedade

O nascimento do bebê é um evento muito aguardado e celebrado pelas famílias. A chegada daquele ser tão amado e frágil faz com que muitos pais optem por deixar o bebê dormir na cama de casal, em vez de passar a noite no próprio berço. A cama compartilhada, como é chamado o hábito, tem vários prós e contras. 

Segundo especialistas, um dos principais contras é o risco de um dos pais rolar sobre a criança ou de ela ser sufocada pelas cobertas. Os que defendem a prática alegam que os ninhos redutores são aliados para que isso não ocorra. Que tal conhecer alguns mitos e verdades sobre o tema?

É mais prático para a mãe que amamenta

Verdade. Amamentar pode ser difícil e fisicamente muito extenuante. A mãe que amamenta está sempre cansada porque sua energia é literalmente sugada pelo bebê. Dessa forma, com a criança ao alcance das mãos, a mãe não precisa se levantar para pegá-la em outro cômodo sempre que despertar — algo que pode ser bastante frequente nos primeiros meses. 

A criança também se acalma mais rapidamente, uma vez que é menos manipulada, não chega a “esfriar” do quentinho da cama e fica aconchegada nos braços da mãe. É importante lembrar que, mesmo que a mãe não saia da cama para amamentar, é preciso colocar o bebê para arrotar antes de retorná-lo à posição deitada.

Atrapalha a intimidade do casal

Mito. A cascata hormonal do pós-parto e da amamentação pode interferir na libido da mulher. No entanto, é preciso lembrar que intimidade não é só sexo, mas carinho, preliminares e companheirismo. 

Dessa forma, a cama compartilhada também acaba sendo positiva para que o marido dê suporte à esposa quando o bebê acorda, sem necessariamente precisar sair do cômodo também.

Outro ponto importante é que o casal disposto encontra outros momentos e locais da casa para exercer a sexualidade, sem precisar fazê-lo na presença do bebê.

Fortalece o vínculo com os pais

Mito. São muitos os momentos e atos que vão fortalecer o vínculo emocional com o bebê, não apenas o adormecer na cama dos pais.

Tem criança que não gosta

Verdade. Há bebês que gostam de ficar sozinhos e têm a necessidade de se esticar no berço, achando incômodo dormir com os pais.

Deixa a criança mal-acostumada

Mito. Assim como há vários estudos que indicam que o colo deixa a criança segura e independente, o mesmo ocorre com a cama compartilhada. O bebê não vai ficar dependente dos pais ou imaturo por causa desse aconchego.

Não é indicado para todos

Verdade. Bebês prematuros não devem passar pela cama compartilhada, pois têm mais riscos de morte súbita. Casais que fazem uso frequente de álcool ou drogas, lícitas ou não, também não são indicados para a cama compartilhada. Dormir com a criança também deve ser algo feito somente na cama e nunca no sofá, por exemplo.

É um estímulo à amamentação

Verdade. Pesquisas realizadas nas universidades de Newcastle e Durham, ambas na Inglaterra, apontaram que a cama compartilhada acaba servindo de estímulo para que a mãe prossiga com o aleitamento materno exclusivo até, pelo menos, o sexto mês de vida da criança.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a amamentação ocorra até os dois anos de idade. O ato traz uma série de benefícios para a mãe, como redução dos riscos de cânceres de mama e ovário, favorecimento do retorno do útero ao tamanho pré-gravidez e até perda de peso. Para o bebê, as vantagens são melhora na imunidade, chances menores de sofrer de otites, pneumonia, diarreia, entre outras enfermidades.

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