O Brincar e o Desenvolvimento Infantil

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O Brincar e o
Desenvolvimento Infantil


O Brincar e o Desenvolvimento Infantil


Brinque com o seu filho, proporcione a ele momentos para brincar
dentro e fora de casa, permita que ele explore o melhor da infância, o mais
saudável, permita que ele simplesmente 
brinque!
Christiane Junqueira
Quem gosta de
brincar levanta a mão! Seja adulto ou criança, todos nós gostamos de brincar
não é mesmo? Arrisco dizer que, em meio a tanta responsabilidade do dia a dia,
os adultos parecem se divertir mais que as crianças quando estão brincando. Mas
o brincar tem uma grande diferença entre adultos e crianças. Para a criança
brincar é um momento em que  muito se
aprende, sente e expressa, pois além do prazer proporcionado pela brincadeira
simplesmente, também existe o desenvolvimento social, cognitivo e emocional.
A brincadeira proporciona a
criança conhecer o mundo através do faz-de-conta. Apresenta para ela novas
linguagens que a ajudam a pensar a realidade de forma criativa. Ela desenvolve
o raciocínio, a atenção, a  imaginação e
a criatividade, aliás as duas últimas são verdadeiras aliadas das crianças,  que mais contribuem para seu desenvolvimento.
No que diz respeito ao desenvolvimento social, o papel do brincar
é muito importante, pois mostra a
criança o que é socialização. Nesse momento a criança aprende  a partilhar – dividir, aquela famosa frase que
toda mãe usa: Filho divide o brinquedo com seus amigos! Quando está brincando a
criança começa a dividir, a desenvolver o sentimento de cooperação – ajuda,
melhora a comunicação e a forma de
relacionar-se, desenvolvendo a noção de respeito por si e pelo outro, bem como
sua auto-imagem e auto-estima. Ela
vivência a realidade e a cultura na qual está inserida,  conhece e compreende o mundo adulto, aprende a
comportar-se e a sentir como ele, assim conhecendo a si mesma.
Como já mencionado, o brincar é o mundo do faz-de-conta, e
esse mundo proporciona a criança a oportunidade de vivenciar situações e
conflitos da sua vida familiar e social, permitindo-lhe  a expressão das suas emoções.
Brincar é uma forma segura das crianças encenarem os seus
medos, as suas angústias e a sua agressividade e de tentarem elaborar e
resolver os seus conflitos internos. Os jogos, nos quais está implícito o
perder e o ganhar, permitem que a criança possa começar a trabalhar a sua resistência
à frustração. Aprender a lidar com esse sentimento é essencial para o seu
equilíbrio emocional e para o desenvolvimento da personalidade.
Para Freud
(1908), “a criança brincando cria um mundo próprio ou rearranja as coisas de
seu mundo numa forma que lhe agrada. A criança leva seu jogo a sério e investe
emoção nele”.
Os benefício do brincar são muitos e de extrema importância
para o desenvolvimento da criança, mas também é muito importante que os pais
brinquem com seus filhos, por isso o adulto deve participar das  brincadeiras, pois este momentos proporciona
interação e fortalecimento dos laços afetivos. Estes momentos juntos
proporciona ao adulto intervir no comportamento da criança frente às
inadequações, bem como estimular a imaginação da criança, ajudando-a a
construir ideias e questionando-a para descobertas de soluções. Sua
participação enriquece o ambiente, uma vez que podem lhes ensinar a explorar
diferentes linguagens como a musical, corporal, gestual, escrita.
Segundo Winnicott (1975),  “a brincadeira é universal e é própria da
saúde: o brincar facilita o crescer, logo a saúde”. 
Também é através do brincar, que muitas vezes, pais,
professores e terapeutas conseguem observar dificuldades cognitivas,
inadequações de comportamento e algum tipo de transtorno.
Referências:
WINNICOTT, D. W. (1975) O brincar & a
realidade
. Trad. J. O. A. Abreu e V. Nobre. Rio de Janeiro: Imago.
FREUD, Sigmund (1908) Obras Completas de Sigmund Freud, vol. IX. Rio de Janeiro.
Christiane Junqueira, psicóloga, especialista em Psicologia Hospitalar pela FMABC – Faculdade de Medicina do ABC, Neuropsicologia pelo INESP – Instituto Neurológico de São Paulo e aprimoramento em Reabilitação Cognitiva também pelo INESP.

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