Pais devem falar a mesma linguagem

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Pais devem falar a mesma
linguagem


Pais devem falar a mesma linguagem

Educar os filhos não é
tarefa simples. Diria que é um dos maiores desafios de vida. Ser responsável
pela formação de um ser humano é para “os fortes”. Nesta arte, é necessário
reconhecer as características peculiares, moldar os excessos, sem ser altamente
invasivo a ponto de extirpar qualidades que poderiam ser bem desenvolvidas.
Saber olhar a criança como única e alinhar a linguagem dos pais na educação são
segredos para a conduta.
Já que não existe fórmula
pronta para a educação das crianças, podemos buscar nos estudos especializados
informações para o processo. Pai e mãe, ou como quer que seja a composição
familiar, precisam estabelecer os mesmos direcionamentos para orientação. Mesmo
que discordam acerca do ponto de vista, já que são oriundos de diferentes
famílias – com seus hábitos e valores -, é fundamental chegar a um consenso.


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Assim como o início do
matrimônio, por exemplo, no qual a esposa já não deixa o leitinho quente no
criado-mudo ao amanhecer, assim como fazia a mãe de seu marido, ter filhos é sinônimo
de mudança na rotina, nas decisões familiares e surgimento de impasses, que
podem ser bem administrados. A base é o respeito. Aliás, são dois seres – pai e
mãe – tentando empregar na educação e criação dos filhos aquilo que trouxeram
em sua bagagem emocional.
Dialogar sobre as decisões
que se referem aos filhos é imprescindível. Nenhum deve tirar a autoridade do
outro. Se o pai nega algo e a mãe permite, logo a criança irá se apoderar deste
recurso para conquistar o que quer. E a prática pode se tornar corriqueira,
ratificando o “lobo-mau” da história, ou mesmo, fomentando na criança a tomada
de suas próprias decisões já que nem pai nem mãe sabem qual é a melhor.
A necessidade de
comunicação se intensifica se na criação existe a participação de uma terceira
ou mais pessoas, principalmente os avós. A criança deve saber qual o papel de
cada um na sua vida e se perde quando cada um dos envolvidos tem uma solução
para seus anseios. Os avós têm “fama” de permitirem tudo. 
Por um lado eles
estão certos, já adquiriram experiência suficiente para saber o que realmente
vale a pena. São detentores da maturidade, carregam no corpo e na alma os pesos
e as levezas de suas condutas. Todavia, agora, é hora de se posicionarem como
avós e não pais dos netos. Chegou o momento de seus filhos vivenciarem este
processo, com erros e acertos, ainda que sejam orientados.
Participar da vida escolar
do filho
, da mesma forma, é um meio de se inteirar de seu comportamento neste
ambiente onde ele passa uma boa parte da infância e adolescência. Os pais
participativos inibem a violência, a indisciplina, bem como contribuem para o
desenvolvimento nos estudos. Não terceirize à unidade de ensino a criação e
educação de seus filhos. Isso é papel dos pais. Este comprometimento, associado
ao diálogo sobre a rotina escolar, o relacionamento com professores e alunos,
traz segurança à criança.
E todo planejamento dos
pais se faz necessário. “Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos,
hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino” (“O Monge e
o Executivo”, baseado na obra de James C. Hunter). Se recebo um mesmo
direcionamento no ambiente onde me sinto seguro, a tendência é que o coloque em
prática.
Todo ser em desenvolvimento
precisa e está à espera de limites. Quer ouvir o que pode ou não fazer, o que é
certo e errado. A decisão do casal ou dos envolvidos na criação deve ser a
mesma, ainda que para isso haja diálogo para se alcançar a concordância. Alguns
bate-papos podem ser na presença da criança, também para que ela entenda a
existência de pontos de vista diferenciados e a importância do debate para
alcançar o consentimento. Este comportamento facilitará a incorporação dos
valores morais e éticos em seu caráter. Quanto mais alinhado está o ponteiro da
bússola, mas fácil será encontrar o norte.
Leandro
Nigre é pai, jornalista, especialista em Mídias Digitais, editor-chefe do
jornal O Imparcial, e idealizador do projeto Papai Educa www.papaieduca.com.br.
Contato: [email protected]

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